"Escrever durante uma vida inteira ensina a escrever. Não salva de nada." - Marguerite Duras
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quinta-feira, 23 de maio de 2013
Roubada num instante...
Fui vítima de fraude bancária. Alguém usou indevidamente o meu cartão de crédito para comprar ou pagar sei lá o quê! Um cartão de crédito que nunca usei e que nunca perdi ou me foi roubado.
Fui roubada de forma instantânea e já perdi não sei quantas horas do meu tempo a tentar recuperar o dinheiro que me pertence. Vários telefonemas para o Banco, para aqueles números de valor acrescentado que se cobram generosamente; várias horas na GNR, para apresentar queixa; várias deslocações ao Banco para assinar papéis às "pinguinhas"...
Mesmo que venha a recuperar o meu dinheiro, ninguém me pagará o tempo perdido, nem os incómodos vividos com esta situação.
O Banco foi absolutamente célere, como sempre, a cobrar-me a dívida que não contraí! Já se "pagou" do valor usado em crédito (que não foi assim tão pouco!). Felizmente, tinha o dinheiro em causa para pagar a dívida que não fiz sem ter que suportar juros. Mas, caso não tivesse esse valor, o ónus dos juros ser-me-ia sempre imputado a mim! Mesmo que a fraude venha a ser comprovada e que o dinheiro me seja devolvido, como devido, o Banco nunca me retornaria o valor dos juros eventualmente pagos. Absurdo e absolutamente ilegítimo!
O processo de averiguações do Banco deve demorar cerca de dois meses, disseram-me. Felizmente, não preciso do dinheiro em causa para dar de comer aos meus filhos ou para pagar as minhas contas. Mas, e se precisasse? Como é que uma instituição bancária não dá uma resposta mais célere a casos como estes?! Está em causa a confiança que, como cliente, deposito na instituição, mesmo que esta não tenha responsabilidades directas pelo sucedido.
Não é à toa que as pessoas sentem, na actualidade, os Bancos como agiotas dos tempos modernos. Eu tenho vindo, gradualmente, a perder convicção nas instituições bancárias que se promovem como de absoluta fidedignidade. Não é bem assim! O problema é que as suas práticas pouco éticas estão legalizadas.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Quando "o trabalho vale menos do que lixo"...
Na ressaca do Dia do Trabalhador, mais um dia de desemprego para mim, é com tristeza que me vejo a concordar com a ideia de que "o trabalho vale menos do que lixo" nos dias que correm. É o escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano quem o diz nesta reportagem da TVE, onde também defende que, hoje em dia, "o trabalhador é um mendigo de emprego".
Não compensa, verdadeiramente, trabalhar nesta realidade sócio-económica de crise. E esta é a real tragédia dos nossos tempos! Nunca o trabalho foi tão desvalorizado. E há muito que os trabalhadores não se deixavam submeter tanto à lei da escravatura por medo.
É o medo que nos domina - o medo nas suas diversas facetas aterradoras que é alimentado pelos grandes grupos económicos. Aos senhores do dinheiro interessa somente o lucro e a forma mais fácil de o obter é tirando partido da mão-de-obra. Quanto menores os salários pagos, mais os lucros!
A política da austeridade que se vem cultivando no "podre reino" europeu serve perfeitamente aquilo a que Galeano, na mesma reportagem da TVE, chama a "ditadura invisível dos grandes grupos das finanças". São esses grupos que comandam autenticamente o mundo e não há governo que lhes faça frente!
Os governantes deste Velho Continente abdicam daquele que é o seu principal papel na economia de mercado livre que nos domina - o de incutirem confiança nos seus cidadãos. Ao invés, optam por injectar a sociedade com um receio que só retrai mais a economia. Ora, cresce o desemprego, aumenta o medo, fomenta-se a escravatura do trabalho.
Como é que se pode rebentar esta bola de neve? Essa é a pergunta que precisa de resposta.
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