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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Quando "o trabalho vale menos do que lixo"...


Na ressaca do Dia do Trabalhador, mais um dia de desemprego para mim, é com tristeza que me vejo a concordar com a ideia de que "o trabalho vale menos do que lixo" nos dias que correm. É o escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano quem o diz nesta reportagem da TVE, onde também defende que, hoje em dia, "o trabalhador é um mendigo de emprego".

Não compensa, verdadeiramente, trabalhar nesta realidade sócio-económica de crise. E esta é a real tragédia dos nossos tempos! Nunca o trabalho foi tão desvalorizado. E há muito que os trabalhadores não se deixavam submeter tanto à lei da escravatura por medo.

É o medo que nos domina - o medo nas suas diversas facetas aterradoras que é alimentado pelos grandes grupos económicos. Aos senhores do dinheiro interessa somente o lucro e a forma mais fácil de o obter é tirando partido da mão-de-obra. Quanto menores os salários pagos, mais os lucros!

A política da austeridade que se vem cultivando no "podre reino" europeu serve perfeitamente aquilo a que Galeano, na mesma reportagem da TVE, chama a "ditadura invisível dos grandes grupos das finanças". São esses grupos que comandam autenticamente o mundo e não há governo que lhes faça frente!

Os governantes deste Velho Continente abdicam daquele que é o seu principal papel na economia de mercado livre que nos domina - o de incutirem confiança nos seus cidadãos. Ao invés, optam por injectar a sociedade com um receio que só retrai mais a economia. Ora, cresce o desemprego, aumenta o medo, fomenta-se a escravatura do trabalho.

Como é que se pode rebentar esta bola de neve? Essa é a pergunta que precisa de resposta.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Ora aí está o grande busílis do jornalismo...


"Urge encontrar un modelo que permita pagar decentemente por hacer buen periodismo".

Declarações de Alfonso Armada, veterano jornalista espanhol que trabalha no diário ABC, que afirma ainda o seguinte:
"Hasta ahora no hemos encontrado otra manera que la autoexplotación, la pasión, el entusiasmo y la sinceridad". 
Está claro que o problema do jornalismo, da sua auto-sustentação como profissão paga, está longe de ser somente deste pobre país em crise. É uma realidade global, o que torna ainda mais grave o caso!

E é também uma realidade mais flagrante nos dias que correm, marcados precisamente por essa crise que serve como desculpa para salários miseráveis ou para estágios não remunerados e trabalho escravo voluntário!